Um jornalista vale a fonte que tem!

Por Alessandro Lo-Bianco 

 Entende-se por fonte todos os documentos e pessoas de onde um autor de trabalho jornalístico, literário, técnico ou artístico extraiu informações para sua obra. Na linguagem jornalística, especificamente, distinguem-se as expressões: fonte, porta-voz, informante e setores, círculos ou meios, de acordo com determinados critérios.

A regra básica é: NUNCA REVELE SUA FONTE, quando a informação for comprometê-la e ela solicitar anonimato! O ideal é que você tenha matérias com fontes nomeadas, mas dependendo do assunto, do furo, você tem total direito e dever de preservá-la. Além disso, é ético que você não revele sua fonte. Em princípio, fonte é qualquer pessoa usada por um repórter na sua busca de informação. Ela pode ser: oficial (ou formal, geralmente situada nas assessorias de imprensa e de relações públicas das instituições, que são os que produzem notícia) e não-autorizadas (oficiosa ou não, as vezes, importantíssima para obtenção em caráter informal de uma informação que não pode ser formalizada através dos canais oficiais).

Numa redação jornalística não convém desgastar o termo “fonte” em qualquer notícia. Costuma-se reservá-lo para notícias que envolvem interesses políticos, econômicos, ou questão diplomáticas e de segurança nacional. Informações cotidianas, diretas e factuais (como notícias sobre serviços urbanos, por exemplo), não precisam ser misteriosamente transmitidas por uma fonte. Neste caso, enquadra-se no conceito antigo de “porta-voz”, que deve ser uma fonte reconhecida e identificada, nunca sinônimo de uma fonte qualquer.

Um jornalista não nasce com longas listas de fontes, mas dificilmente sobrevive profissionalmente sem elas. Infelizmente, descobrir boas fontes dá trabalho. Ao identificar uma fonte, quando conveniente e autorizado para tal, o repórter deve analisar se a fonte é respeitada, se foram confiáveis no passado. É necessário ressaltar que a reputação e a credibilidade do jornalista, com freqüência, dependem do que as fontes lhe dizem. Boas fontes são valiosas, após consultadas devem ser cultivadas e mantidas. Você também pode usar uma fonte para consulta, ou seja, tratar assuntos com ela em off. Isso significa subsidiar sua matéria e depois transmitir a mensagem através de outras fontes, que com certeza falarão abertamente sobre o assunto. Mesmo que a fonte que deseja não se identificar tiver uma informação mais quente, você pode falar para a outra que quer se identificar que ficou sabendo de tal assunto e pedir sua opinião, assim pode ter um gancho para levar ao público o assunto através da fonte que se identifica. Uma regra é não ser puxa saco. Infelizmente ocorre muito o contrário por aí, mas o jornalista ético não escreverá nunca suas matérias pensando em agradar suas fontes. A principal responsabilidade do repórter é com seus leitores, com a informação e a audiência do seu veículo, não com as fontes. 
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