A real cronologia da televisão brasileira


Por Alessandro Lo-Bianco 

 Anos 50

Assis Chateaubriand e a rede integrada de informação: jornais impressos (Diários Associados), revista revolucionária (O Cruzeiro) e rádios (Emissoras Associadas). 18 de setembro de 1959 nasce a TV Tupi, o rádio com imagem (ao vivo e radiofônica). Com ela o teatro e o cinema. A televisão, em sintonia com o crescimento agrícola e comercial representou o primeiro passo para o gerenciamento social da fase de implantação do capitalismo industrial. Com ela, um mundo inteiro de produtos e anunciantes esperavam  a vez para aparecer.
Anos 60

O videoteipe a serviço do Projeto de Integração Nacional. Pela primeira vez, começaram a analisar a Edição como potencial de manipulação de seus conteúdos. Não tinha como este fator escapar aos interesses políticos. Com o golpe que derrubou o presidente João Goulart e instaurou a ditadura em 1964, o projeto de “Integração Nacional” dos militares teria, na imagem televisiva do videoteipe, um utilíssimo instrumento de imposição ideológica em prol do desenvolvimento tecnológico do país. Os militares usaram a televisão para consolidar uma identidade nacional a favor do capitalismo. Fatos marcantes desta época foram: em 68 a chegada do AI5, em 69 o Jornal Nacional recebe investimentos estrangeiros, em 70 a Copa do Mundo com o slogan Pra frente Brasil e o personagem Zé Carioca com a cantora Carmen Miranda explode no exterior. Não coincidentemente, a Rede Globo nasce na época da ditadura. O regime foi instalado em 1964, e a Globo abre em 1965.

Anos 70

A chegada da cor na televisão. A tecnologia passa a virar forma de entretenimento vinculado ao mercado de consumo. Nasce a teledramaturgia e começam a brincar com a realidade e o imaginário do povo brasileiro.

Anos 80

A chegada do controle remoto. Inicio da abertura política do país. Em 1990 surge a novela Pantanal, na TV Manchete. Aparece o SBT e surgem na televisão cenas de nudez e sexo após as 22h.

Anos 90

Nesta década apareceu a TV por assinatura, separando uma parte dos telespectadores em quantitativo e a outra parte em qualitativa. Com isso, abrem-se ainda mais as exportações no Brasil.

Ano 2000

Chegada da televisão digital. O telespectador começa a participar da programação. Outras camadas da população passam a interagir e consumir.

E depois... 

Podemos dizer que entramos numa época “Neotevê”, onde a televisão se abre e se desnuda ao mostrar todos seus aparatos técnicos e funcionais.
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