O famoso "enquadramento" das notícias jornalísticas

Por Alessandro Lo-Bianco  

 Eu sei que não é novidade nos dias atuais, mas é sempre bom esclarecer. A produção da notícia na maioria dos jornais, sejam impressos, televisivos ou onlines é feita em decorrência de certa conformidade. São eles de cognição, interpretação, apresentação, seleção, aproveitamento e exclusão de quem organiza habitualmente o discurso. Esses padrões, muitas vezes desconhecidos, chamam-se "ENQUADRAMENTOS". No final de tudo, são eles que permitem aos jornalistas processarem rápida e rotineiramente grandes quantidades de informação. Por este motivo, por mais que alguns "revolucionários" gritem sobre a discrepância dessa produção, os enquadramentos serão sempre indispensáveis. O mais importante do lado de fora não é atirar pedras, porque justamente não se atira pedras do lado de fora. Mas se entendermos porque são determinados certos tipos de enquadramento, aí sim você terá uma chance de entrar lá dentro e, aí sim, não tacar pedras mas sim tijolos (risos), e o melhor, do lado de dentro. Então compreenda sem revolta por que uns são usados e outros não. A hegemonia sempre vai atuar através de uma complexa teia de atividades sociais e processos institucionais. Pense que, é desta forma, que eles vão penetrando em tudo o que as pessoas fazem e pensam como natural. Isso tudo atrelado a velocidade com que as informações são impostas hoje, principalmente com a revolução dos meios online, é que direcionam as decisões a respeito do que e como cobrir, raramente ponderando as ideologias dos repórteres ou pensando sobre as consequências sobre o objeto da matéria, o que é primordial para a produção de um conteúdo ético.
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