Cuidados na entrevista
Por Alessandro Lo-Bianco
Uma precaução é sustentar o diálogo com o entrevistado tratando-o coloquialmente, seja pelo primeiro nome ou pelo cargo, conforme as circunstâncias: soaria ridículo tratar um cantor popular ou um ator de “senhor”: Sr. Chico Buarque, Sr. Caetano Veloso, Sr. Roberto Carlos, Sra. Carla Peres... Nos diálogos com um deputado, ministro ou senador usa-se o nome do cargo. Em coletivas ou locais solenes, chama-se o presidente da República de “Sr. Presidente”. É preciso desenvolver uma técnica pessoal para saber se o entrevistado esta mentindo. Corra atrás da sua maneira. Entenda o perfil do entrevistado! Geralmente as pessoas gostam de dar entrevistas, não apenas porque precisam se comunicar, mas por vaidade. Assim, um elogio inicial “lubrifica” e facilita a entrevista. E é aí que você entra, pois muitos não estão preparados e acabam falando o que não devem, vendo publicado o que não gostariam. Gravar ou anotar? Dependendo do diálogo fica impossível conversar com o entrevistado e anotar suas declarações ao mesmo tempo. O mais confiável é gravar. Mas quando trabalhamos num jornal ou numa editoria online onde não temos tempo de escutar a gravação e fazer o texto, o melhor é anotar os elementos importantes, ligar pra redação e passar a matéria por telefone rápido para não perder o furo. Esteja preparado para isso, ócios do ofício. Uma dica é anotar as palavras chaves, indicando os temas principais na seqüência em que ocorrem. Não fique constrangido de perguntar o que não entendeu. Por mais que você tenha vergonha da atitude que o entrevistado possa ter, ninguém irá lhe ajudar na hora de editar sua matéria. Pense mais em você então!
Cuidados na entrevista
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