O florescimento do jornalismo de humor nos anos 20


Por Alessandro Lo-Bianco  


Nos anos 20, o grande poder de comunicação conquistava leitores fora da classe intelectual. Entre elas estavam o Malho, Careta e D. Quixote, que viam nas comemorações do centenário a oportunidade de o Brasil figurar entre as grandes nações do mundo. E, como a porta de entrada para esse futuro glorioso era o Rio de Janeiro, cobravam em suas matérias e charges não apenas a aceleração das obras, mas também reformas estruturais que iam do saneamento até a moralização da política nacional.

Entretanto, analisando as publicações que davam conta do início dos anos 20 e comparando aos dias atuais, que conclusão podemos chegar!? Segue trecho publicado na Revista D. Quixote, em 15/8/1917:

“O processo é muito simples: os artistas e literatos (nacionais de preferência) devem-se sujeitar à simples operação de serem espremidos durante todo o tempo em que tiverem suco. Findo este, possam à condição de bagaço e são atirados a um lado, sendo substituídos por outros sucessivamente... O talento, como se vê, não é aproveitado na sua essência. É misturado com outros ingredientes para ser fornecido ao grande público. O empresário, diretor ou gerente da geringonça, enriquece rapidamente com este processo que suplanta todos quanto têm sido postos em prática até hoje."
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