A transformação da visibilidade na Política da Comunicação

Por Alessandro Lo-Bianco

Com o surgimento do rádio, da televisão, da internet e da mídia eletrônica na esfera pública, apareceram novos riscos, assim como novas oportunidades para líderes políticos e pessoas públicas. Apareceu um novo sistema de comunicação hiper poderoso: a visibilidade mediada. Esta tecnologia atingiu as esferas públicas e também as privadas. 

Essas tecnologias possibilitaram, na sociedade moderna, formas de comunicação que impediram o avanço, até mesmo, de políticas intervencionistas. Desde o surgimento dessas novas tecnologias, muitos segmentos puderam a atuar pressionando outros, seja por meio da transparência midiática ou através do compartilhamento instantâneo de informações. Mas cabe sempre ressaltar que, infelizmente, limitar a invisibilidade do poder não torna o poder inteiramente visível. 

Antes da visibilidade da mídia, a publicidade dos indivíduos ou dos acontecimentos era ligada ao compartilhamento de um lugar comum, num caráter diferente de diálogos. De certa forma, com a chegada destas novas ferramentas, tornou-se público os fenômenos para indivíduos que não estavam fisicamente presentes aos seus acontecimentos. Com o advento da imprensa, o ato de tornar algo público se libertava deste intercâmbio dialógico. 

Antigamente, o publicista não exigia do leitor um comportamento, para ele não fazia diferença, pois a comunicação era unilateral, e nem permitia que este comunicasse seus pontos de vista aos indivíduos envolvidos na produção das ações e eventos. Até que o leitor, o receptor, passou a responder diretamente o publicista por meio das redes sociais, seja pelo Instagram, Twitter ou Facebook. Até o momento isso nunca ocorreu com o impresso, até que chegou o rádio, a televisão, e, agora, a internet e todas as ferramentas que chegaram com essa nova tecnologia. 

Cada vez mais estas tecnologias trocam o antigo sistema de co-presença e passam a alcançar e interagir com um maior número de pessoas em diferentes contextos e distâncias. 

Antigamente, o expectador não estava livre para escolher o ângulo de visão que melhor lhe agradava para receber e consumir a notícia. Agora, tudo mudou. Nas redes sociais, por exemplo, o emissor começa a receber respostas do receptor da notícia logo depois da publicidade.
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